Soneto XXV

Deste céu, misterioso e nevoento

Onde tua alma implora aos prantos

E em desespero, ecoa os cantos

Em tons maiores de lamento.

Trombetas anunciando agora

Toda a beleza do ato fúnebre

De alguém que agora sucumbe

E em celeste vácuo chora.

Eis o som, os cantos tristes

Que nos trás a calma, nos deixa forte

E encanta tudo que existe

Por mais que algum dia se corte

Eis, semitonado, melancólico, que caíste

Sobre as partituras da morte.