DE VEZ EM QUANDO

DE VEZ EM QUANDO

O silêncio é o grito dos desesperados irreversíveis

A tolerância é a autoflagelação involuntária.

O descaso é a fotocópia 3x4 da própria ignorância.

O suor é o resultado do meu corpo exausto.

A ganância é o acúmulo de inveja.

A decência é a derrota de um infeliz.

O cansaço é o ânimo do adversário.

O choro é o limite da razão.

O palavrão é o soco de língua.

O beijo é o vício permitido.

O poema é um gesto de desabafo.

Desabafar é sentir o respiro da vida.

De vez em quando,

Outro poema,

Qualquer dia.

Hermano Carioca
Enviado por Hermano Carioca em 24/10/2007
Código do texto: T708473