SÃO PAULO
Prevejo a indiferença por trás do concreto,
as ruas que passam e as pessoas que permanecem.
Não entendo nada e no entanto, não me importo.
Nem tudo é resposta onde o brilho é encenação.
Por aqui estive, nem rastro ficou para trás.
A cidade é contra todo mundo,
e o asfalto é o verniz da tristeza.
Quem tem paciência para interpretar o acinzentado,
quando passamos em direção ao nada, tão apressados?
Ser daqui, é limitar-se num cubo de solidão,
com o mundo sob os pés e alguma esperança no coração.