A sombra do cajueiro
Na tarde em silêncio meu refúgio e meu alento
A sombra do cajueiro eu me sento
Emiti sua sonoridade e leva embora o meu lamento
Na sua sombra eu me balanço ao sopro do vento
O meu olhar disperso se encontra na sombra que se reflete
E meus olhos se descansam sob a tarde que me reveste
Se fecham sombrios e nada mais me entristesse
Minha alma se refrigera e sua sombra subitamente se torna a minha prece
Na sua sombra me retrata ao seu flanco que me ergue
E ali fico presa por seu vínculo que me segue
No embalo da tarde que se finda à sua sombra já se adormece
E eu me despeso e a espero encontrar assim que o novo dia comece