A sombra do cajueiro

Na tarde em silêncio meu refúgio e meu alento

A sombra do cajueiro eu me sento

Emiti sua sonoridade e leva embora o meu lamento

Na sua sombra eu me balanço ao sopro do vento

O meu olhar disperso se encontra na sombra que se reflete

E meus olhos se descansam sob a tarde que me reveste

Se fecham sombrios e nada mais me entristesse

Minha alma se refrigera e sua sombra subitamente se torna a minha prece

Na sua sombra me retrata ao seu flanco que me ergue

E ali fico presa por seu vínculo que me segue

No embalo da tarde que se finda à sua sombra já se adormece

E eu me despeso e a espero encontrar assim que o novo dia comece

Patricia Valadares
Enviado por Patricia Valadares em 27/10/2020
Código do texto: T7097904
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