CAIANA
deixa eu me pousar em você e aterrissar o peso
do corpo e da alma e que será um bom começo
pois irei ligeiro às curvas do seu pescoço tenso
a fim de correr uma lambida que vem de dentro
e pôr em estado de canavial todos os seus pelos
plenos aqui mesmo em cima do sal dos seus seios
das amoras intumescidas dos mamilos vermelhos
que parecem quase eclodir entre um e outro beijo
e vou e volto e ouço os ruídos dos seus batimentos
que regem a tocata de ais do fim dos julgamentos
deixa eu ficar e entender o que eu não entendia
que sempre sob seus lábios os meus se perdiam.