VIOLÃO
(do meu livro "Poéticas", 1986)
Violão, meu amigo confidente
consola minhas mágoas
conforta meu coração.
Nas tuas cordas afinadas
conto minha história
em tristes versos de amor...
Violão, quando te abraço em minha solidão
a própria solidão se desfaz
e sinto minha alma aliviar.
Pois sei, que tu, me entendes
e ouvirás meu desabafo
e me farás esquecer da dor.
Violão, companheiro de boêmia
onde a tristeza é uma constante
pelo orgulho de uma mulher,
quisera eu, ser livre pra fugir de tudo
e te tirar deste ambiente
onde tudo é vulgar...
Porém aqui, encontro refúgio
tenho alguns amigos
e nesta mesa, um lugar...
Violão, minha família hoje és tu
tudo o que me resta do muito que tive,
única coisa que mulher nenhuma quis levar...