âmago ferido

Entre meu âmago ferido,

Um copo de café,

E a vida que não vivi me espera eternamente.

No meu leito vazio,

Onde sua pele carece,

Outro luar vejo passar sobre as mesmas angústias.

Morro hoje como um barco sem ventos,

O amor já não pode curar esse coração febril,

Vou ficar entre as pragas esperando meu momento,

Que a brisa leve aconchegue meu desalento,

Rastejante como é o meu destino,

Que a morte me sacia.

mary constance
Enviado por mary constance em 04/11/2020
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