POBRE SENHORA VITALINA
(do meu livro "Rosas Do Vento", 1987)
Pobre senhora vitalina
a quem o tempo enrugou
dos sonhos que teve na vida
apenas desilusões provou.
Coitada! No seu mundo esquecido
vive a recordar o que passou
uma vaga esperança brilha ainda em seus olhos
de algum dia virá o seu grande amor...
Magra e desajeitada - infeliz
passa os dias fazendo seus bordados
tristes desenhos - ligeiros traços de memória
que fala de dor, saudade - sonhos guardados...
Pobre senhora vitalina
a quem o tempo esqueceu
sua dor ninguém consola
Coitada! Da vida só dissabores conheceu...