O QUE SOU

Me visto

do que mais belo eu trago

Me dispo

dos pecados que confesso.

Pelo que trago

eu me entrego,

o que confesso,

eu me despeço

e do despojo

não mais me trajo

do velho bojo

me desnudo

me faço andrajo

no que mudo

eu me refaço

não sou mais mudo,

sou mais que mundo

sou aquilo que não calo,

e também o que não falo,

mas guardo ruidoso

no silêncio dum abraço

ou de um outro jeito,

no grito do seu beijo.

Me componho

com a vestimenta

do alvorecer

mas eu sonho

em vestir o manto

do seu querer

Com os versos que

na cama

na alma,

na calma

do desassossego

irei escrever.

©️ Leonardo do Eirado Silva Gonçalves

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Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 15/11/2020
Código do texto: T7112510
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