A TAÇA

Olhei a taça. ( Frenética tremia!)

Que néctar puro, tão tépido, divino

E transparente, ali tremeluzia

A provocar-me ardor tão repentino?

Vi-a luzindo (minha ânsia consumia!)

E fui sorvendo o néctar cristalino...

Embriagava e porém nem percebia

Que aquele néctar luzente e tão fino

Tinha um travo de fel e de veneno.

Compreendi então por fingias

Fosse o amor um néctar tão ameno...

Enquanto o bebia com doçura,

Com sarcasmo e desdém tu me sorrias

Ofertando-me o cálice da amargura...

Linandre
Enviado por Linandre em 13/11/2005
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