EFÊMERA

Eu te olhava,

te olhava,

... te olhava

e não te via.

Então fechei

os olhos

e te desejei

plenamente

vulcão:

a rasgar-me

a pele, a carne

com tuas larvas

ardentes.

E de tanto fechar os olhos,

te perdi,

ao não perceber

a efêmera

manifestação da tua erupção.

Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 19/11/2020
Código do texto: T7115456
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