Há quem diga que a vida é curta.
No ninho de serpentes é longa até demais.
Chagas na alma por se valer da prudência.
Aquele “te amo” até “não sei viver sem você”.
É tão breve e doloroso quanto o descanso da serpente ao sol.
Transpira renúncia de viver numa manhã de sol.
Chega à noite, alquebrada por não conseguir tão intento.
Vencendo o amanhã de cinza que cobre o manto que visto.
Diga-me quanto vale o sonho?
Ou o desejo?
Quimeras foram os momentos que vivi, por tão pouca coisa.
Sou fruto da indigestão da maçã (bíblica).
Dos monstros mitológicos que serpenteiam os dias nublados.
No aconchego das noites frias agasalho-me de nevoas intimas e conflitantes.
Primazia de delitos impertinentes praticados em nome da cortesia. 
 
elaenesuzete
Enviado por elaenesuzete em 24/11/2020
Código do texto: T7119747
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.