UMA FOLHA QUE CAI.

Neste caderno

anoto você,

logo agora ,debruça

desajeitada sobre meus

sentidos,

vem passo a passo

andando em mim,

que lindo pé de desejos,

que sorriso lunar,

penetro suas retinas,

como a luz da lua

nos resíduos das noites,

apalpo e causo volúpias

no sorriso desbotado dos

desejos,

a valsa vem letárgica,

o salão se abre ,

corpos penetram e se fundem,

tudo agora é sensações,

uma janela se abre,

uma voz taciturna ameaça

o débil silêncio,

o poeta está acuado,

caderno, caneta e solidão,

a sua frente um copo d'água,

um papel de bala barata,

nada mais...

Psiu , ouça o zumbido,

dê-me ouvido !

Você faz ruído em meu

silêncio,

vou desaguando versos,

sou agora lápis, papel e versos,

repouso em ti,

Vasto mar que uni continentes,

encosto em teus sentimentos,

vamos ler versos madrigais

depois tomar um café?

E lá pelo fim da noite

abrir a janela,

olhar uma estrela,

fazer estrelas em nós,

que bom será essa aventura!

Quando o dia nascer,

temos tantas coisas para contar.

sou assim mesmo,

esse é meu caminho,

uma folha que cai ,

é um bom prato para

eu divagar...

Mas você não é uma folha,

Você é poesia real.

Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 24/11/2020
Reeditado em 28/11/2020
Código do texto: T7119832
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