A essência da ausência

Insuflada em cada indivisível de meu ser

A tua ausência é a vitalidade de minha respiração

Que ando pelo mundo sem sentido

E vivo mesmo sem nenhuma razão...

Por mais que brilhe os pensamentos que me assomam,

Não são capazes de gerar no meu coração

Nenhuma alegria,

Porque nele reina a noite, noite fria,

Vazia de tua luz

De tua consolação...

Eu sou como o astro imaterial

A gravitar sem órbita o teu ser que se foi

De mim há um tempo que não me lembro...

E agora a essência de tua ausência

É substância, a energia que me move,

Que está em mim

Dizendo que, por mais que não te veja,

Me é material a tua existência...

E isso tem quase me bastado...

Quase...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 26/11/2020
Reeditado em 25/12/2021
Código do texto: T7121399
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