Remordendo
Não messa,
Não pare.
Passa, quase muda.
Fuja, senão mate,
Molde, senão molha.
Quando sola, a coisa
Pesa. Quando lesa
A coisa palha.
Quando
Ralha, a pele pila e
As vezes se empola,
As vezes se empolga,
As vezes da ferida,
As vezes se dar corda ou
Se der culpa, não rola;
Nem com cola, nem
Com colo, nem no
Solo, nem consolo;
Nenhum rosto arrasta,
Nenhum goldo desce,
Nenhum galo gala;
Nem prece nem praga
Rogada ou estendida,
Retida ou distribuída,
Te auxilia na paga;
Quando
Enruga, a roupa suja, a cara
Coalha, a língua encolhe, a
Cama geme, a sede morde,
A pele pula; Aí abusa, aí recusa,
Aí remenda, aí acusa, aí lamenta,
Aí te tolhe, te desenlata
Te desemenda, te desengole
na merenda da manhã
Com gastro-alucinação;
O que sobra sobre a insatisfação:
molho de mágoa,
calda turva,
trovejo de trauma;
serena como
suor da nuca,
atingindo gentilmente o chão em ultra
câmera lenta...