Sempre primeiro

As primeiras palavras achadas,

ditas debaixo dos lençóis macios,

confunde-se no borbulhar da saudade,

dos seus olhos tristonhos e sem vida.

As primeiras emoções vividas nos dias,

seguintes a nossa confirmação de fé,

se tornaram paixões sem razão,

solitária na frente de uma tela morta

pintada incandescentemente por cavalos marinhos.

Os primeiros passos sempre difíceis vão embora,

acompanhados pelos braços do destino

que finge ser sempre amigo da celebração,

de nossas vaidades nas estradas,

em busca de aventura.

O primeiro olhar cheios de lagrimas,

visto solitariamente na inveja presente na janela

da casa que não é minha, muito menos sua,

mas do nosso futuro recomeçado nesta canção.

O abraço apertado, a caricia no seu corpo,

o beijo na boca diante da areia cristalina

do mar de ilusões equilibrado na nossa sanidade;

o eu te amo decorado, apertado, tocado no violão,

tudo isso é verdadeiro, cheio de sonho e eternizado

sempre primeiro em nossos pesadelos e pecados.