ghost

minha carne é fria como a de um fantasma

poderia ser a próxima lâmina do rei,

mantenha a pele vívida como um fantoche

ao mesmo tempo se esvazie de tudo que eu sei,

a fé onde te achei me chamou pelo nome,

afetado por ondas

que quebravam feito pedras,

conte-me os segredos que suas curvas escondem

afastando-se do mundo e das dores

esconda-me nelas,

e cada cheiro, cada gesto, cada toque

são simplesmente complexos

para descreve-los,

encara cedo uma vida que te engole,

tão mutuamente intrépidos

para entende-los,

se rendemos aos desejos

sob o vício de seus lábios maleáveis,

despretensiosos,

e se vendemos pesadelos

quando visto-me de marcas memoráveis,

desprendem-me os ossos,

são os riscos de ser jovem,

sabor de vida enquanto morro dia a dia

alimentando meus demônios,

quão doce lágrimas que chovem

a dor que sinto me socorrem poesias,

dilacerando nos devolvem

todas as sátiras,

causadas pela ausência de melodias,

noites frias embaixo do edredom,

já calçada a pele fresca das mentiras

note as linhas atrás deste dom,

se entende-las

sereis digno de dó, bom

por hoje é só.

R Lelis
Enviado por R Lelis em 04/12/2020
Reeditado em 30/06/2021
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