Te gosto

Te gosto, como louco vencido por canções mentirosa,

como as flores gostam do frio orvalho das grandes cidades,

do veloz beija-flor que consente ser filmado,

para não vê-la chorar na realidade sem sentido.

Te gosto, na rapidez da onda que quebra na praia,

bagunçando como moinho toda a areia esmagada

pelo sorriso da água rasgada pelo oceano,

como as pérolas de pedra que em sentido restrito

vivem nas entranhas do mar negro da vida.

Te gosto, como sinal de fé, transubstanciado em corpo e sangue

de um credo, onde crianças admiram com ternura, doçura,

brandura afetuosamente admirada por muito e aceito por poucos.

Te gosto, na capacidade humana de se arrepender da magoa causada,

do peito rasgado por uma dor gerado em horas ocultas,

presente nas paixões inspirada na morte

e na vida da mulher que sempre amarei.