O Natal de Maria

É manhã de Natal.

Maria cansada.

Maria vazia.

Cansada da vida,

vida de agonia.

É manhã de Natal.

Maria, sozinha.

Maria caminha.

Sozinha no mundo,

no mundo caminha.

É manhã de Natal.

Tá esperando o que, Maria?

Chegar o carnaval!?

Levanta a cabeça, Maria!

É manhã.

É Natal.

Ali jaz a Maria, no terminal.

É seu funeral.

Mas... funeral pra que, se é Natal!?

Lá se foi a Maria,

cansada e vazia.

Que pena, Maria!

Acabou teu Natal...

(*) esta poesia mostra um personagem fictício, mas expressa uma situação que acontece na manhã de Natal. Há muitas "Marias" espalhadas pelo nosso Brasil. Sozinhas, deprimidas com a proximidade das festas de fim de ano...vencidas pelas adversidades, por estarem longe de suas famílias. Que esta poesia evite o mesmo fim para muitas dessas "Marias", senão todas.