Sobre o sofá. - Soneto

Sobre o sofá empoeirado dormem ainda os meus sonhos

Eles parecem inertes e alheios aos acontecimentos ao seu redor

A sala continua vazia e na penumbra fria, desta noite fingida

Os risos se apagaram como lampejo de um raio destruindo.

As alegorias que embora dissipadas em lamentações e lagrimas

Continuam referendando ao desanimo implantando no átrio vazio

Emoções em profusões foram ali nascidas e alimentadas

Pelas esperanças que ainda viviam por sonhos agasalhados

Pelas mortalhas bordadas por agulhas e linhas matizadas.

Enquanto voam esperanças criadas e alimenta e sedimentadas

Que acompanham as horas que correm voláteis e frias

Mastigando sem sentir o sabor ou sem deliciar momentos

Aflitivos lançados sem quimeras vividas sobre os aplausos

Das eras passadas lépidas e voraz sobre o sofá empoeirado.