Habemus


de todos os esquecimentos

prefiro o esquecimento comovido
ocasionalmente irremediável
disfarçado de azul desaparecido
tão límpido
que o céu abre um bocejo
entretido pela surpresa:
‘não se mata um esquecimento morto’
 
- não se inventa um esquecimento
que se sinta perdoado
(dispensando o mais gentil esquecimento)
onde perde a vista e a linearidade
deixando tudo para mais tarde
 
parecendo que nenhum esquecimento
rimava com outro
tremendo mal gosto
 
Deus pergunta menos
para qualquer eventualidade, esquece

só com um pedacinho mordido  
 
 
Vania Lopez
Enviado por Vania Lopez em 21/12/2020
Reeditado em 22/12/2020
Código do texto: T7141163
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