Lago Profundo
Abro os olhos
Levanto-me num rompante
Passos trêmulos, errantes...
Em tanta agonia pulsante!
Abro as janelas,
Vazia multidão de corpos
Delírios dispostos,
Em uma solidão ensandecida...
Lago profundo
Rosto imundo
Sonhos mortos
Por destinos opostos...
Abismos sem fundo
Submersos
no submundo...