ar

Se soubesse a verdade das folhas que afago

que trago embrulhado,

pelo piso molhado

caminho pelo teu luar.

mais noites de trabalho de dias inteiro

jogados pra trás ao som do pandeiro das maquinas de costurar

É todos os dias a mesma conversa

comigo me moldo me odeio

me encho de nós pra desatar

enfrento o abrigo que chamo de lar

saio nas ruas sou o vento perdido

a te procurar

As folhas e flores que afagos eu queimo no lábio molhado me faz desligar

é que é tão ruim viver ligado o ser humano é sem caldo

tão seco e não da pra aturar.

por mim pelos negros que foram um dia jogados eu rezo todo dia para Oxalá.

Se não percebermos o sonho do futuro, ficaremos sem o presente depois do presente que ta por vingar.

Eu tento fugir dessa mesma rima sem sal ta, que chega ao final e me deixa no ar. ar.

Silvano Ádison
Enviado por Silvano Ádison em 04/01/2021
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