À ESPERA DE UM SIM!

Vejo-te esquálida,

desidratando-se em infecundas paixões.

Famélica,

desnutrida de regressos.

Esperas em vão

a luz que aquela lua

não mais te dedicas

no teu firmamento.

Enquanto eu

aguardo ansioso

para oferecer-me em constelações.

Vem!

Apressa-te!

O tempo impacienta-se

com os retardos do amar.

Sua fronte esgueira-se

tentando adiar a desilusão,

mas seu ventre

dolorosamente germina

a semente da resignação.

Não tentes impedir

o giro dos ponteiros

quando toda a circunferência

já desenhou a órbita

de um abandono.

Em vez disso,

levantas teu olhar

e emerges da lágrima

que te afoga

para ver que na superfície

existe um outro alguém

que anseia pelo resgate

do naufrágio do teu coração

e de tudo mais

que um novo amor

possa em ti

ressuscitar.

Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 04/01/2021
Código do texto: T7152024
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