CUM MORTUIS IN LINGUA MORTUA

Com a eternidade disfarçada nos gestos,

repito o caos e a destruição de todo dia.

Ser Deus e ser impertinente, quando se fala,

torna a língua morta para audições deseducadas.

Vencer a morte pode ser a solidão entre vermes,

de tamanha pretensão e pouca valia,

que aos olhos se tornam fabricantes de delicadezas.

Pois que nascido e nem um pouco deste mundo,

não há compromisso com a piedade aos medianos.

Eu lhes trago o inferno.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 08/01/2021
Código do texto: T7155184
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