O BILHETE
Naquela segunda o dia virou noite
Depois do almoço tudo ficou cinza
Uma tempestade que se armava
E dentro dela uma chama apagava
Decidiu que era chegada a hora
Não fazia sentido esperar
Poria fim à vida
De hoje não ia passar
Chegou em casa já tarde
Tomou todo o vinho q achou
Misturou com os remédios
E a morte esperou
Dormiu, fingiu que sonhou
Acordou, se auto depreciou
Desmaiou e se desesperava
Ao achar que sua hora chegava
No dia seguinte precisou trabalhar
Acordou mais um dia
Só fazia chorar!
Nem pra morrer se prestava,
E essa dor de cabeça,
Que bela sentença!
Levantou pra tomar água
Olhou pra mesa, que alegria
Um bilhete que dizia
"És minha vida, meu querer"
Tudo fazia sentido
Acabou escolhendo viver
28/01/21