ALIMENTO ETERNO.
Se eu pegar
o sexto de palavras
e derrama-las sobre
a mesa.
e misturar a elas
minhas emoções e meus
sentimentos ,
e fazer uma sopa nutritiva
para corrigir solidão.
Não ouse me chamar
de atrevido,
eu sei como sofre
deste mal o mundo,
não há remédio certo
senão o tempo.
Mas,
o tempo não tem medidas,
e a dor pode durar uma vida.
Vai ver
que minha tentativa
é válida,
quando lerem as poesias
que farei com essa mistura,
vão abrir os olhos
taciturnos,
vão enxergar
outros atalhos,
que serão a redenção
para passos fatigados.
entre uma rima e uma
metáfora,
nascerá flores,
e o perfume destas
flores,
há de sufocar a solidão.
há coisas que só
o silêncio de um verso
pode reparar.
Ao ler tal poesia,
não carece lembrar do autor.
O autor é invisível ,
matéria perecível,
A poesia é remédio vital,
é pernas , braços, sorrisos,
água e ar,
é alimento eterno,
capaz de curar.