O pingo da torneira
O peso da gesticulação da língua
sufoca minhas ideias
Ainda pequenininhas.
Saudades de quando ninguém
me questionava na minha cabeça.
Hoje, antes que se aconteça, a
Ideia é baleada dentro do banheiro
Quando, ainda de toalha, tava indo
pentear o cabelo
Eu acordo suando, espremendo os dedos
Contra os enganos do escuro;
Teu olho rotundo ameniza minha boca
E eu tenho um segundo para me convencer:
Não morra, não morra,
Não morra...