A VOZ QUE VEM DE LONGE.

É preciso abrir

os olhos,

os que tens e os

que ainda terás,

a paz vale mais

que a guerra.

É preciso correr

com as pernas

que tens, e se não

der, use as pernas

dos outros,

urge difundir

a paz,

corte braços

e mãos,

isso, as suas,os seus,

se ambos não prestam

para servir,

ouça a voz que vem

de longe...

Se precisar,

arranque os olhos,

os seus olhos

se eles só te mostre

as trevas,

de que vale um pássaro

na mata se não

for para cantar

e anular a solidão

dos que lá habitam,

pegue água com

as conchas das mãos

e jogue no inferno

que queima a paz

do outro,

e a sua também.

Seja o oleiro

que faz com o barro

o encanto de uma sala

de jantar,

dessa ribanceiras

com os pés descalços

para sentir a ador

dos que se encontram

em abismos,

não há como enaltecer

o doce,

sem provar o fel.

Faça ao próximo

o que fazem as flores

nos jardins,

se invente entre

os açoites,

a vida é um prato

frio e mal temperado,

mas é preciso comer

porque se tem fome.

Dê ao mundo

a sua essência,

e que seja ela, á das estrelas,

ou a de um navio

que desponta

em alto mar,

nesta trajetória

se esforce

para ser cada vez mais

útil,

do que vale um fruto

podre ,senão para

deplorar a extensão

do pomar,

seja águia,

tenha olhos de águia,

para enxergar

o que o mundo não vê,

no fim terás o prazer

de sentir,

que ajudar o outro

a carregar o fardo,

torna sua alma leve,

como uma pluma

que desprendeu de

tão alta copa,

e caí levemente,

como se carregasse

a paz.

Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 04/02/2021
Código do texto: T7176534
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