Nunca esqueci do amor
Eu lembro do amor
De como eu ficava
Olhos fixos num ponto
Mente divagando
Enfeitiçado
Agora fecho meus olhos e nada sinto
As ondas se agitam
A areia treme
O vulcão rugi
E eu nada sinto
A noite Esfria
As estrelas se escondem
Chove
Raios no céu
Trovões ecoam
E eu nada sinto
Quando abro os olhos
Vejo a praça
O banco onde estou
Com sua tinta
Descascando
Revela a madeira
Há brilho nos meus olhos
Há um coração acelerado
A árvore ao meu lado
Cheiro de eucalipto
As folhas dançam
Com a brisa
Sorrio e vejo que não estou morto
Estou vivo
Ondas, raios e Trovões
Eram tão belo
Não era morte
Nem pesadelo
É sonho
É amor
É vida
Preciso da tristeza
Da alegria
Preciso estar vivo
E vivo estou
Vivo na noite
Vivo no dia
Vivo na chuva
Vivo no sol
Eu vivo
E olhos abertos
E o coração
Batendo...vivo
Não lembro
Na verdade nunca esqueci do amor