Na lã da infância se guarda o eterno
disse  um alfabeto ancião sob florido cajado
de encovado sorriso descovado e de
cerne de cabelos de perfumada ausencia
Se perder do rebanho é como cair
a árvore da gravidade do poema
sem fazer-se renascenças
O eterno guarda o pastor nas ovelhas
da árvore
e o rebanho cuida das sementes
mesmo no vento da boca

O amor é um verbo de renascenças
soprado debaixo da pedra
levita os sonhos dela
e todo rebanho da janela cega
se Ilumina

Mas, amarga o sabor do rebanho e do pé do verbo
quando ficou sem sol sem quarar o poema
e os olhos se encardiram


A lã queima o verbo
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perdidos olores...