ISCA POÉTICA.
Em versos
te declamo,
desço curvas,
penetro vielas,
ocupo espaços,
vou mastigando
esta volúpia,
te aliso na textura
dos versos,
sei, não sentes
o verniz das mãos,
nem o ar
de minha respiração,
vou declamando,
me entregando
como o balanço
da palmeira,
que se entrega
ao vento.