Choro pelo leite derramado

"Choro pelo leite derramado

Pela força descabida 

Pelo sonho fracassado

Pela rosa falecida 

Choro por minha fragilidade

Tal qual a democracia

Choro porque tenho saudades

De quando ela me cobria.

O choro nem sempre é de dor

Por vezes é de solidão 

Por vezes é coisa de amor

Ou agonia do coração 

Se choro, é porque permito

Me banhar de emoção 

Não subestime o sacrifício 

Ninguém chora sem razão 

O choro serve de deleite

Quem quiser, pode zombar

Pois aquele que subjuga o leite

Coitado, é incapaz de chorar"