Eu gitano

O ser que habita em mim,

envolve meu olhar à meia luz.

Quais vestes e véu de mistérios de uma cigana, contrastando sentimentos à flor da pele.

Que deusa é essa, fazendo em mim caminhos que não imaginava existir ou percorrer?

Limitava-me em satisfazer com atalhos e bifurcações quânticas.

Um passado quase insano que serviu de aprendizagem, mas nem me decifrou, nem me devorou.

Ah, esse meu eu gitano

Que levou a desvendar a loucura.

Fez-me abrir a janela dos olhos

e beber em grandes doses

Elogios instáveis da lua.