DERRADEIRO SUSPIRO.

Dependura-se

a tarde numa

folha de palmeira,

se esvai robusto

dia,

se entregando sua

força,

um vento

corta então

a minha imaginação.

Daqui desta portinhola,

pego papel e caneta,

antes de tudo

dou uma olhada,

para ficar registrada,

a minha percepção,

a tarde é uma prova

que o dia vai findar,

esses versos

me acusam,

de velho bisbilhoteiro,

que de janeiro a janeiro,

sem ter mais o que fazer,

pega papel e caneta,

e satisfaz sua alma,

registra na poesia,

que as tardes anunciam

os derradeiros suspiros,

das bocas dos longos

dias.

Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 21/02/2021
Código do texto: T7189602
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.