BORBOLETAS BRANCAS (3): Flor de vidro e de pau

Mistura um pouco de dor e sofrimento,

Junta a beleza da poesia e do lamento,

Torna-se numa harpa quebrada o vão momento,

De relembrarmos da morte e do esquecimento.

Semeie suas palavras em solo fértil.

Escave a alma até nela achar algo certo.

Corra o mais rápido possível, se és esperto,

E da morte, em fuga, estarás... perto.

Inverta as horas do relógio do seu pulso,

Modele suas regras morais e o que achar justo,

Esqueça tudo o que tu tens, até do custo.

E deixe o tempo te tragar qual uma locusta.

Leandro Severo da Silva
Enviado por Leandro Severo da Silva em 01/03/2021
Código do texto: T7195830
Classificação de conteúdo: seguro