Apenas o amor

apenas o silêncio perdura

enquanto o corpo desfalece

numa aventura de sonhos

dentro de um cubo imperfeito

onde o azar desdenha

a ternura escasseia

apesar da consciência

dos modos perfeitos

que apenas mexem

a vontade pelo inverso

da morte certa dos neurónios

apenas os sustos

os ares que amanhecem

a alma que partiu

um corpo sem prece

talvez fizesse sentido

ouvir as vozes do medo

seguir cabisbaixo pelo nada

o seguro que sempre muda

pelo bem de quem pode

iludindo quem o quer

apenas as palavras

a suave melodia que encanta

os modos que se desejam

a união que nunca se perca

o amor que sempre prevaleça

poema 17 de 36

Manuel Marques
Enviado por Manuel Marques em 11/03/2021
Código do texto: T7204138
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