Dilacerado pedaço a pedaço

Sob estes versos eu confesso

em lágrimas que nesses últimos

dias eu tenho atravessado as

fronteiras de cada célula ainda sã

não tenho a intenção

[ainda]

de dar um fim as estações

nada disso é recreativo

mas tão desesperante...

eu me camuflo no cotidiano

mas é quase insuportável…

Eu odeio despedidas, aquelas que

não pude me despedir por fraqueza

a dor do luto me consome como

uma presa abatida enquanto

dilacerado pedaço a pedaço

as manhãs onde não a vejo

na cozinha fazendo o café

as noites onde você não vem

a porta do meu quarto e eu

não mais ouço aquele som

“toc toc”

— durma com Deus

Ph Vieira
Enviado por Ph Vieira em 24/03/2021
Reeditado em 24/03/2021
Código do texto: T7215064
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