O tempo mudou
o tempo mudou
e na bruma do conselho
do Senhor que nos cuida
teimamos em olvidar
a humilde aura
dos sorrisos rasgados
que se nos oferecem
sem pedir nada em troca
o tempo mudou
as consciências temo
que não sabemos
o que as pessoas
sabem o que é isso
que aprender presume
paciência e humilde
sublimação do coração
o tempo mudou
aprender temo
que só a tornar normal
a anormalidade da distância
e num futuro distante
olhar com desprezo
para a distopia dos afectos
quererei ser rebelde
amar até ao último suspiro
poema 27 de 36