Os ventos de Porto Alegre
Quando em suas ruas andei
pela primeira vez,
fui tomado de um sentimento estranho.
Uma alegria de parentesco,
ares de coisa conhecida.
Vi a Lagoa dos Patos e seu charme,
vi os céus abertos e azuis,
cevei o amargo,
ouvi a gaita encantadora.
Vi até a casa do Teixeirinha que tanto
ouvi em minha meninice.
Mas ainda não era isso.
Havia os ventos...
Até que entendi: era Mário Quintana
que andava comigo, soprando, soprando...
A me mostrar as coisas que, em vão,
tentou levar pro céu.