Lágrimas Poéticas

Lágrimas Poéticas

Angélica T. Almstadter

Guarde os alfinetes na língua,

A pintura não requer retoques.

É preciso que você saiba;

Longe dos seus pés

Meus passos vão ligeiros

Porque afiados são meus verbos

Onde minha língua encontra na saudade,

Uma solidão de reversos.

Toda prosa nasce molhada;

Seja de rubros sorrisos,

Seja de lágrimas poéticas.

Distante dos seus olhares

A vida sucumbe rapidamente

Em cada linha composta,

Como as palavras mastigadas

Nos fins de tarde.

A dor que não cessa de doer

É adubo, é ação eficaz,

Também é combustível fatal

Queimando até os ossos,

O afeto de nunca saber

Do amor a razão.

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 03/11/2007
Reeditado em 08/11/2007
Código do texto: T722056
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