Quem seremos nós?

E quando formos velhos o suficiente pra abraçar o esquecimento desses dias tão cruciais?

Nas horas em que esse tipo glorioso de contato já terá virado algo antigo e antiquado

Em tempos em que os grandes terremotos já tiverem feito o estrago e construído fortalezas mais resistentes em nós

O que será de nós?

Bem em meio as dentaduras, calvices e falta de memória.

Entre as perdas de vigor

e completo estranhamento da juventude.

O medo do adeus mais palpável e sentível.

A alegria compartilhada de mimar os filhos dos filhos.

O conhecimento colossal dominado depois de tanto tempo sendo estudado.

Quem seremos nós?

Depois de tantas alegrias,

picuinhas

e renovações.

N.V - 04/21

LizaBennet
Enviado por LizaBennet em 04/04/2021
Código do texto: T7223442
Classificação de conteúdo: seguro