Quem seremos nós?
E quando formos velhos o suficiente pra abraçar o esquecimento desses dias tão cruciais?
Nas horas em que esse tipo glorioso de contato já terá virado algo antigo e antiquado
Em tempos em que os grandes terremotos já tiverem feito o estrago e construído fortalezas mais resistentes em nós
O que será de nós?
Bem em meio as dentaduras, calvices e falta de memória.
Entre as perdas de vigor
e completo estranhamento da juventude.
O medo do adeus mais palpável e sentível.
A alegria compartilhada de mimar os filhos dos filhos.
O conhecimento colossal dominado depois de tanto tempo sendo estudado.
Quem seremos nós?
Depois de tantas alegrias,
picuinhas
e renovações.
N.V - 04/21