BORBOLETA AZUL.

Senta na pedra o pastor,

mãos cansadas na fronte,

não há ovelhas ao seu redor

O coração esta inquieto,

seu coração é extensão da dor,

seu rosto queima em chamas.

Na janela do tempo

Plana a borboleta azul

E nela seus olhos navegam.

Ele quer chorar

Os rios dos seus olhos secaram,

Restam as margens e o delírio.

Vem viver comigo amor,

Regar esse jardim seco

Onde não há margaridas.

More em mim

Como abelha numa rosa

a sugar-lhe o farto mel.

Faremos coisas possíveis

Tomaremos café juntos,

Nôs esbaldamos de nós.

Te darei um vestido da moda

e sandália igual os teus pés

Para que viva em mim o que és.

Te darei uma taça de vinho

Para blindarmos as tardes

enquanto o amor anuncia a noite.

Te darei uma flor

Para desentocar o sorriso,

e neste paraiso serei...

A tarde esvai lentamente

Junto o pastor devaneia,

Como a nuvem que desfaz.

O amor não vem

a dor em ondas fortes

Leva o pastor a morte...

Sangra a alma no espaço céu,

o pastor volita em sonhos,

de real, só a borboleta azul

que estrela minha janela.

Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 05/04/2021
Código do texto: T7224892
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