sem título 1
Olho o oceano azul que se abre a meus pés
Perco-me na imensidão da sua existência
Não lhe vejo o termo
Não consigo adivinhar o que se revela do lado de lá
Belos vales verdejantes
Cemitérios sem fim
Densas florestas afilando em direcção ao céu
Valas comuns que fundem numa só
Belos seres de cores berrantes
Cadáveres acenando ao gume da foice
Não sei…
Não, não sei o que se esconde no horizonte descoberto
Morte; vida
Deus; diabo
Que importa?
Se sei que tu não estás lá.