sem título 1

Olho o oceano azul que se abre a meus pés

Perco-me na imensidão da sua existência

Não lhe vejo o termo

Não consigo adivinhar o que se revela do lado de lá

Belos vales verdejantes

Cemitérios sem fim

Densas florestas afilando em direcção ao céu

Valas comuns que fundem numa só

Belos seres de cores berrantes

Cadáveres acenando ao gume da foice

Não sei…

Não, não sei o que se esconde no horizonte descoberto

Morte; vida

Deus; diabo

Que importa?

Se sei que tu não estás lá.

Miguel Lanzarote Lúcio
Enviado por Miguel Lanzarote Lúcio em 04/11/2007
Código do texto: T722973