Claustro do Tempo

A noite me entrega o silêncio das chuvas
à invadir as transparências
das vidraças e o leve baloiçar das cortinas.

O olhar se perde em lembranças,
neste vago estar da janela
do claustro do tempo.

Aguardo uma nova manhã,
com suas neblinas
de nuances amorosamente puras.

Sou poeira das letras e navego,
silente e profunda, tal qual um poema
escrito na saudade dos silêncios clandestinos...

Inspirada em Liss