Fim da prorrogação
Lá fora, entre as nuvens escondida,
Soberana me observa a Lua;
Cá dentro a emoção em mim perdida
Contempla a solidão minha e tua.
A rainha da noite quer entrar
E minha alma deseja sair pelo espaço
A tela frágil me impede de voar
Mas não de imaginar o teu abraço.
A Lua, por si no firmamento se basta
Olho então para a cama solitária e vasta
Fecho os olhos e prendo a respiração.
Juiz apitou. Fim da prorrogação
Esta partida já está finalizada
E cadê a coragem para uma nova jogada?
Cícero – 23-04-21