Fim da prorrogação

Lá fora, entre as nuvens escondida,

Soberana me observa a Lua;

Cá dentro a emoção em mim perdida

Contempla a solidão minha e tua.

A rainha da noite quer entrar

E minha alma deseja sair pelo espaço

A tela frágil me impede de voar

Mas não de imaginar o teu abraço.

A Lua, por si no firmamento se basta

Olho então para a cama solitária e vasta

Fecho os olhos e prendo a respiração.

Juiz apitou. Fim da prorrogação

Esta partida já está finalizada

E cadê a coragem para uma nova jogada?

Cícero – 23-04-21

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 23/04/2021
Reeditado em 23/04/2021
Código do texto: T7239537
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