O SABER
Letras tão belas, misteriosas
Formosas que saem no papel
Feito ondas no mar, tempestade
Feito gotas de orvalho, natureza
Trazem em si o dom e a beleza
Do saber e saber o que faz
Além do que o ser é capaz
Beleza tão sublime, palavras
Que no silêncio dizem tudo
Que no olhar faz-se mudo
O ruído de um grito
Nesses jogos de letras e sentidos
Nesse encontro que me perco
Tão só meu o saber e o ser
Ler os sentimentos mais intensos
E as perdições, os desejos, palavras
Quando na voz ecoam no mundo
Através do olhar, despertam a magia
De serem lidas trazendo a sinfonia
De uma canção que não pode ser ouvida
Apenas poderá ser sentida
Pelos sentidos de saber ser quem é
O livros que se fazem tão antigos
São amigos de um ser que se faz só
Em palavras descubro o sentido
Da magia e compreendo o que sou
Saber mais do que a mente é capaz
E querer entender o que é feito - e quem faz
As melodias, as marcas, o tempo
Serem tão mágicos, eternos, como o sentimento...