CLAUSURA

Guarde suas chaves dentro de si,

nas gavetas onde esquecemos o tempo,

bem no fundo nos esconderijos da alma.

Não se arvore nos calabouços.

A fechadura não se desvirgina na inércia,

nem se prostitui pela ansiedade.

Deixa a lágrima

conduzir-lhe pelos labirintos da solidão

para lavar o seu chão sujo de medo.

E quando, de fato, conhecer

o caminho da liberdade,

não precisará mais

daquela chave

A porta estará sempre aberta

para aquilo que na verdade

nunca lhe aprisionou.

Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 25/04/2021
Reeditado em 25/04/2021
Código do texto: T7240586
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