"Poesia não paga divida!"

Minha poesia não paga a minha dívida.

A minha poesia é somente um escape

Onde eu transformo o que é feio em belo!

A minha poesia é somente uma ponte

Uma ponte que me transporta para um horizonte mais bonito!

Uma ponte que atravesso ligeira e volto a ser menina.

E canto, e rio!

A minha poesia é que abafa o meu grito!

É onde se desfaz o nó na minha garganta!

Onde minha arrogância se faz ternura!

É na minha poesia que eu falo

Das dores do mundo, das guerras

Do lixo que há dentro de mim

E do tesouro que encontro em ti.

A minha poesia não é melhor

Do que a poesia que vejo no olhar da criança

A quem empresto algum carinho!

Minha poesia não paga a minha divida

Nem aluguel, nem combustível!

E só faz aumentar

A divida que é eterna!

Pois, de certo que me eleva

Me estreita o caminho onde confesso

Os meus pecados pra Deus!

È na minha poesia que não tem preço!

Dádiva que não mereço!

Que se faz maior

Minha aliança com “os céus”!

A minha poesia não paga dividas.

Nem tira dúvidas

E se rola uma lágrima

Se abre-se um sorriso

Impagável se faz

Já que eu sinto comigo a presença do Pai

E é por isso que a minha poesia

Tão banal e que não paga dividas

Se fundamenta no preço que Jesus por mim pagou

Em minha poesia eu busco e tento expressar

A essência desse amor!

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 05/11/2007
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