FORNADA DOS SONHOS

De onde os dias vêm não sei,

Só sei que quando abro os olhos

Preparo-me para as poesias,

Que saem da noite

Na fornada dos sonhos,

Sim, porque elas não dormem,

O forno da inspiração as cozinha,

Transforma-as para uma melhor digestão.

É assim que na fuga da noite

Para os recônditos do silêncio,

Forma-se um repleto bifet de palavras,

Todas ajustadas á boa digestão do dia.

Para mim o despontar de cada estação

É sempre uma festa no horizonte.

Porque tudo é novo, diferente.

Frio e calor no coração

É necessário, porque é vida.

E eu deveria chorar de alegria, de emoção,

Porque ao intermédio, primavera e outono,

Rendo-me ao nascimento das flores

E ao abandono das folhas secas

Forrando a lonjura dos meus passos,

Que eu sei que não retornarão

Deixar-me-ão a mercê dos sonhos,

Sob o escuro da noite e brilho da lua,

Até o meu renascer com o sol.

WalterBRios 5/11/2007

(Inspirado no poema - < Dos dias que virão > - de Charlyane Mirielle)

Walter BRios
Enviado por Walter BRios em 05/11/2007
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